Em paralelo ao ditado popular que diz que prevenir é melhor do que remediar, a medicina preventiva atua, como o próprio nome sugere, na saúde preventiva, ou seja, ela previne doenças ou lesões antes delas aparecerem e precisarem de cura ou tratamento.
A medicina preventiva tem ganhado cada vez mais relevância em razão do entendimento de que a manutenção da qualidade de vida e saúde depende de uma integração entre o bem-estar físico, mental e social.
O foco dessa prática sai do tratamento da doença para uma abordagem mais ampla, que leva em conta a conservação da saúde, sendo o primeiro passo a mudança de hábitos nocivos para hábitos que cooperem com a qualidade de vida das pessoas.
Essa especialidade médica visa à promoção da saúde. Para isso, ela trabalha com um conceito amplo de bem-estar e vai além dos consultórios e da relação individual entre médico e paciente, trazendo ao centro da discussão diversos setores sociais e destacando a responsabilidade da elaboração de políticas de saúde pública. O objetivo é abordar uma visão integral do indivíduo, priorizando seu histórico familiar, condições de vida e interações com o meio.
A partir de um atendimento personalizado, os médicos conseguem identificar os principais riscos que envolvem cada paciente e conscientizá-lo sobre a importância dos melhores cuidados e de manter rotinas de prevenção em dia.
O que é medicina preventiva?
A medicina preventiva se dedica à prevenção de doenças e busca, com isso, melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes. O foco é adiar ou até mesmo evitar o surgimento de possíveis enfermidades, sendo um importantíssimo instrumento para promover a saúde da população.
Essa área médica reúne um conjunto de técnicas e estratégias de prevenção, que resultam em intervenções precoces no curso de possíveis doenças.
Os médicos agem de forma proativa, trabalhando no tempo presente para eliminar riscos que apontam o surgimento ou até mesmo o agravamento de uma determinada enfermidade no futuro.
Na prática, a medicina preventiva estabelece cuidados diários que ajudam na promoção do bem-estar, como ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos.
Outro exemplo de atuação da medicina preventiva são os check-ups de rotina. Neles, o médico pede alguns exames para conferir o estado de saúde do indivíduo, o que permite acompanhá-lo e, se necessário, intervir para minimizar riscos futuros.
A partir dessa atuação antecipada, é possível: reduzir gastos, tanto para o paciente quanto para os sistemas de saúde; proporcionar uma melhor qualidade de vida à população; evitar superlotação em unidades de atendimento; e garantir o bem-estar coletivo.
Quais são as etapas da medicina preventiva?
Para que seja bem-sucedida em sua execução, a medicina preventiva foi dividida em quatro áreas de atuação e cada uma apresenta diagnósticos e formas de intervenção condizentes com as características que o paciente apresenta. São elas:
Prevenção primária
Trata-se do primeiro contato que o paciente tem com a medicina preventiva. Na prevenção primária, o foco principal é evitar o aparecimento da doença por meio da recomendação da não exposição aos fatores de risco, impedindo que se manifestem e causem danos ao organismo com a sua permanência.
Portanto, a partir desse conhecimento, há um plano de ação para limitar ou impedir o desenvolvimento da doença, antes mesmo do surgimento de sintomas, e promover a qualidade de vida da população em geral.
Alguns exemplos disso são o uso de protetor solar, para evitar o câncer de pele, imunização contra doenças por meio de vacinas e campanhas de controle do tabagismo.
Prevenção secundária
A prevenção secundária é quando se faz o diagnóstico e tratamento precoces, no estágio inicial de uma doença, em que os objetivos principais são agir imediatamente para conter a evolução do quadro e impedir o agravamento dos danos ao organismo, afinal, quanto mais cedo for identificado, mais chances existem de o problema ser enfrentado.
Com isso, mesmo que o paciente seja diagnosticado com uma condição, é possível impedir que ela evolua para quadros mais graves, melhorando o seu prognóstico.
Os exames de diagnóstico, como mamografia, densitometria óssea e Papanicolau, são alguns exemplos.
Porém, em casos em que a enfermidade já está instalada e em processo avançado, há a limitação do dano, que tenta reduzir e retardar ao máximo os problemas decorrentes da doença, como grupos de apoio, acesso gratuito e facilitado a serviços de saúde, distribuição de medicamentos, etc.
Prevenção terciária
Basicamente, a prevenção terciária se concentra na redução dos sintomas, ou seja, o objetivo é diminuir os impactos negativos da doença, não permitindo sua evolução e reduzindo as possíveis complicações.
Nessa situação, encaixam-se as pessoas diabéticas, que precisam adotar dietas apropriadas e tomar medicação específica para controlar a patologia e conviver com os efeitos da sua condição de saúde.
Para amenizar esse quadro, a prevenção terciária busca acompanhar continuamente o indivíduo, garantindo dignidade e proteção, além de cuidar da sua reabilitação, utilizando, por exemplo, a terapia ocupacional, para que o problema afete o mínimo possível a vida do paciente.
Prevenção quaternária
A aplicação da etapa quaternária visa identificar o paciente com risco de excesso de medicação ou intervenção desnecessária, como cirurgias. Para isso, são propostas opções menos invasivas, de modo a evitar ou diminuir os potenciais efeitos colaterais de ações médicas inapropriadas, que possam ser mais graves que a própria doença.
Quais os benefícios da medicina preventiva?
A implementação da medicina preventiva tem sido cada vez mais frequente nas instituições e sociedade, ocorrendo por meio de ações que asseguram o bem-estar do paciente, o que se deve aos diversos benefícios que ela oferece:
Pacientes
Ao fazer consultas e exames periódicos e adotar hábitos saudáveis, o paciente evita o aparecimento de doenças e tem mais facilidade para controlá-las. Isso sem ter a necessidade de fazer uso de medicamentos ou procedimentos invasivos e dolorosos, o que contribui para prolongar a sua vida.
As ações preventivas proporcionam uma série de reflexos nas condições de tratamento e na forma como as pessoas encaram o compromisso com sua saúde. Até mesmo os afetados por doenças crônicas conseguem lidar melhor com o quadro diante da possibilidade de ter uma vida mais ativa com o tratamento adequado, o que melhora consideravelmente a chance de recuperação.
Além disso, quando bem sucedidas, as práticas de prevenção trazem vantagens significativas, como a diminuição de gastos com medicamentos e procedimentos de alta complexidade.
Empresas
A adoção de ações que estimulam a prevenção de enfermidades também é altamente benéfica para as empresas, pois reduz o número de faltas de colaboradores que precisam se afastar das suas atividades apresentando atestados médicos.
A medicina preventiva também melhora o clima organizacional, mostrando ao público interno que a empresa se preocupa com cada pessoa, o que ajuda a atrair e reter os melhores talentos do mercado de trabalho.
Governo
A prevenção contra doenças proposta pela medicina preventiva traz incontáveis benefícios para o governo, que refletem principalmente na saúde pública.
O aumento na qualidade de vida dos cidadãos reduz os custos com atendimentos de emergência, tratamento de doenças e superlotação em hospitais, permitindo que os médicos consigam dar mais atenção aos casos de maior gravidade.
Quais doenças são rastreadas pela medicina preventiva?
Doenças crônicas, infectocontagiosas e todas que são cobertas pelo calendário nacional de vacinação, bem como hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo, ansiedade e depressão estão entre as principais complicações rastreadas pela medicina preventiva.
De maneira geral, uma consulta médica com uma rica anamnese e aplicação de escores, que determinam uma escala de risco para desenvolvimento de uma determinada doença, costuma ser suficiente.
No entanto, a prevenção pode contar, ainda, com alguns exames de rastreio, desenvolvidos especificamente com o intuito de rastrear casos de adoecimento em fase inicial na população, para que o tratamento seja feito da forma menos invasiva possível e gere o menor dano ao portador.
Como é feito o rastreamento preventivo?
Em primeiro lugar, é necessário deixar claro o que é rastreamento preventivo. Se uma pessoa apresenta sintomas e o médico indica um teste diagnóstico, isso não se caracteriza como um rastreamento. Isso porque a técnica é aplicada em indivíduos saudáveis, a fim de identificar características ou riscos de desenvolvimento de uma doença.
Os exames de rastreamento são utilizados para fazer a detecção precoce e prevenção das doenças, ou seja, servem para identificar patologias em seu estágio inicial, a fim de melhorar o prognóstico do paciente.
O rastreamento pode ser feito a partir de diferentes métodos e tipos de exames, desde o uso de questionários até aparelhos portáteis para acompanhar os marcadores sanguíneos, como o colesterol e a glicose. E cada fase da vida requer cuidados específicos, que devem ser mantidos da infância até a terceira idade.
Tratando-se de crianças, o rastreamento preventivo começa desde a formação do feto, que pode apontar doenças congênitas. Entre os principais métodos estão as ultrassonografias obstétrica e morfológica. Caso surja a suspeita de alguma patologia, o médico pode solicitar a realização de exames específicos.
Ao nascer, o bebê também passa por avaliações que podem apontar tendências a doenças, como teste do pezinho e exames de audição. Até os seis meses de vida, os pais devem levar os seus filhos mensalmente ao pediatra e dos seis aos 12 meses as consultas devem ser bimestrais.
Do primeiro ao segundo ano, o recomendado é que isso aconteça a cada três meses. Dos dois aos cinco anos passa a ser semestral e após este período torna-se anual.
Na vida adulta, é indicado que homens e mulheres façam um check-up anual, principalmente depois dos 35 anos. Os principais exames prescritos são:
- Teste ergométrico – mostra como o sistema cardiovascular reage ao esforço e pode ajudar a prevenir doenças na artéria coronariana, hipertensão arterial e arritmias;
- Papanicolau – coleta células do colo do útero e pode identificar a presença de doenças sexualmente transmissíveis e ajudar a prevenir o câncer nessa parte do corpo;
- Colesterol – mede os níveis de HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim) e pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares;
- Hemograma – coleta uma amostra de sangue para analisar as células hemácias, plaquetas e leucócitos, podendo prevenir anemia, leucemia, distúrbios da tireoide, doenças renais, entre outras;
- Glicemia – aponta os níveis de glicose no sangue e pode ajudar a prevenir o diabetes;
- Mamografia – captura imagens dos seios e pode ajudar a prevenir o câncer de mama;
- Exame da próstata – é um toque retal que avalia alterações nessa área e pode ajudar a prevenir o câncer de próstata.
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