Outubro Rosa: a importância da conscientização e prevenção do câncer de mama

O mês de outubro é internacionalmente dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, uma das doenças que mais afetam as mulheres em todo o mundo.

Conhecido como Outubro Rosa, este movimento visa alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, além de promover a conscientização sobre os cuidados com a saúde feminina.

O Outubro Rosa é mais do que uma campanha; é um movimento de conscientização e luta pela vida. A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama são essenciais para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade.

Cada mulher deve se sentir incentivada a cuidar da sua saúde, realizar os exames preventivos e buscar orientação médica regularmente. E, como sociedade, devemos continuar a promover o conhecimento, o apoio e a solidariedade, para que cada vez mais mulheres possam vencer essa batalha.

As ações que acontecem durante esse período nos lembram que a luta contra o câncer de mama é contínua e que a informação e o cuidado podem salvar vidas. Por isso, é fundamental que todos se engajem nessa causa, não só em outubro, mas durante todo o ano.

Origem do Outubro Rosa

O Outubro Rosa teve início na década de 1990 nos Estados Unidos, quando a fundação Susan G. Komen For The Cure distribuiu laços cor-de-rosa aos participantes de uma corrida pela cura do câncer de mama em Nova York.

A partir de então, o movimento ganhou força e se espalhou pelo mundo, tornando-se um dos maiores e mais reconhecidos esforços globais de conscientização sobre o câncer de mama.

A cor rosa foi escolhida por ser associada à feminilidade e o laço rosa se tornou um símbolo universal da luta contra o câncer de mama. Durante o mês de outubro, monumentos e prédios públicos são iluminados de rosa, e diversas ações de conscientização são promovidas para lembrar a população da importância da prevenção.

A importância da conscientização sobre o câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil são estimados cerca de 66 mil novos casos por ano. A conscientização é fundamental porque, quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem grandes chances de cura.

A campanha do Outubro Rosa é essencial para educar as mulheres sobre a importância de realizar exames de rotina, como a mamografia, que pode detectar o câncer em estágios iniciais, antes que haja qualquer sintoma. Além disso, o movimento incentiva o autoexame das mamas, uma prática simples que pode ajudar na identificação de alterações suspeitas.

Formas de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

A prevenção do câncer de mama envolve uma série de práticas saudáveis e o acompanhamento médico regular. A seguir, algumas das principais recomendações:

Autoexame das mamas

Embora o autoexame não substitua a mamografia, ele é um método importante para que a mulher conheça o próprio corpo e perceba qualquer alteração, como nódulos, secreções ou alterações na pele. O autoexame deve ser realizado mensalmente, preferencialmente uma semana após o término da menstruação.

Mamografia

A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Mulheres entre 50 e 69 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos, conforme recomenda o INCA. No entanto, mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem iniciar o rastreamento mais cedo, conforme orientação médica.

Estilo de vida saudável

Manter um estilo de vida saudável é fundamental para a prevenção do câncer de mama. Isso inclui uma dieta balanceada, prática regular de atividades físicas, manutenção do peso corporal adequado e evitar o consumo excessivo de álcool e tabagismo.

Consulta regular ao ginecologista

Consultar regularmente um ginecologista ou mastologista é crucial para a saúde das mamas. O médico pode solicitar exames complementares e orientar sobre os fatores de risco e prevenção.

Fatores de risco do câncer de mama

O câncer de mama pode afetar qualquer mulher, mas existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolvimento da doença:

· Idade: o risco de câncer de mama aumenta com a idade, sendo mais comum após os 50 anos.
· Histórico familiar: mulheres com parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha) que tiveram câncer de mama ou de ovário apresentam um risco maior.
· Genética: mutação em genes como BRCA1 e BRCA2 aumenta significativamente o risco de câncer de mama.
· Exposição prolongada aos hormônios femininos: menstruação precoce (antes dos 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), terapia de reposição hormonal e gravidez após os 30 anos podem aumentar o risco.
· Estilo de vida: sedentarismo, obesidade, consumo de álcool e tabagismo são fatores que contribuem para o risco.

Tratamentos disponíveis de câncer de mama

O tratamento do câncer de mama varia de acordo com o estágio da doença, o tipo de tumor e as características da paciente. As opções de tratamento incluem:

· Cirurgia: pode ser realizada para remover o tumor (tumorectomia) ou a mama afetada (mastectomia). Em alguns casos, pode ser necessária a remoção de linfonodos próximos.
· Radioterapia: utiliza radiação para destruir células cancerígenas e é frequentemente usada após a cirurgia para eliminar células residuais.
· Quimioterapia: consiste no uso de medicamentos que atacam as células cancerígenas. Pode ser administrada antes (neoadjuvante) ou após a cirurgia (adjuvante), ou como tratamento principal em casos de câncer avançado.
· Terapia hormonal: para tumores que crescem em resposta a hormônios, a terapia hormonal bloqueia o efeito desses hormônios ou reduz seus níveis no corpo.
· Terapia-alvo: tratamentos mais recentes, como a terapia-alvo, atacam especificamente moléculas envolvidas no crescimento do câncer, oferecendo uma abordagem mais direcionada com menos efeitos colaterais.

Impacto psicossocial do câncer de mama

O diagnóstico de câncer de mama não afeta apenas o corpo físico, mas também o emocional e o psicológico da paciente. A doença pode gerar ansiedade, medo, depressão e afetar a autoestima, especialmente em casos de mastectomia.

· Apoio psicológico: ter apoio psicológico é crucial para ajudar a paciente a lidar com os desafios emocionais. Grupos de apoio, terapia individual e participação em comunidades de sobreviventes podem ser de grande auxílio.
· Rede de suporte familiar e social: a presença e o suporte da família e amigos são fundamentais durante o tratamento. A compreensão e o apoio emocional ajudam a paciente a enfrentar o tratamento com mais força e otimismo.

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